Capital de risco, mulheres em TI e James Brown

Bruno Cordeiro
2 min readJul 28, 2020
Photo by http://mulherti.blogspot.com/

O setor de tecnologia sempre foi dominado por homens mas uma rápida pesquisa no Google e encontramos iniciativas como a ONG http://mulheresnatecnologia.org, o blog http://mulheres.eti.br e até mesmo eventos como o http://www.mulherestechday.com.br buscando mudar essa tendência. O número de mulheres em cursos que antes eram considerados tipicamente masculinos vem crescendo mas ainda há muito a ser feito. É notório que ainda existem consideráveis diferenças entre a média salarial masculina e feminina. Esse fato também ocorre quando elas começam a empreender e é sobre isso que falo nesse artigo.

A Bloomberg realizou uma pesquisa concentrando-se em 2.005 fundadores de startups do setor de tecnologia com sede nos EUA, montadas entre os anos de 2009 e 2015 e que captaram US$ 20 milhões ou mais. Constatou-se que desses fundadores, apenas 141, ou 7 por cento, eram mulheres.

Para entender um pouco mais sobre como tudo isso se relaciona, vamos ao conceito de capital de risco, ou venture capital em inglês.

Capital de risco é uma modalidade de investimento utilizada para apoiar negócios por meio da compra de uma participação acionária, geralmente minoritária, com objetivo de ter as ações valorizadas para posterior saída da operação. Chama-se capital de risco não pelo risco do capital, porque qualquer investimento, mesmo a aplicação tradicional, em qualquer banco tem um risco, mas pela aposta em empresas cujo potencial de valorização é elevado e o retorno esperado é idêntico ao risco que os investidores querem correr.” — Wikipedia

O capital de risco é o que impulsiona uma startup, podendo ser decisivo no sucesso ou falha da mesma. Ao analisar indicadores de mercado, vemos que mulheres que realizam empreendimentos no setor de tecnologia captam significativamente menos desse recurso que os homens. De acordo com uma análise da Bloomberg, empresas dos EUA fundadas por mulheres captariam em média US$ 77 milhões, em comparação com os US$ 100 milhões captados pelos homens.

Ainda há muito a ser feito para mudarmos esse cenário, mas devemos sempre lutar por um mundo onde todos teremos espaço, um mundo igualitário.

“This is a man’s world, this is a man’s world but it wouldn’t be nothing, nothing without a woman or a girl…” — [ It’s A Man’s Man’s Man’s World — James Brown ]

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Bruno Cordeiro

Data scientist, writer, traveler & coffee addict. #Machine Learning #Open-Source #Company Culture